quinta-feira, 30 de abril de 2009

The guardians...

Além de 2 irmãs, como já mencionei, eu tenho 6 irmãos.
É isso aí, eu tenho 6 irmãos.
É incrível que seja assim, não conheço outra mulher que tenha tantos irmãos (homens) assim.
Pois eu os tenho...graças a Deus!

Cada irmão meu representa algo de diferente em minha vida.
Cada um deles conta uma história única em minha existência, em tempos diferentes, com gostos e cores diferentes.

Meu irmão mais velho, o Dacinho, é meu segundo pai.
Ele tem cheiro de chocolate e de novidade.
Ele me batizou...ele me mimou imensamente na minha infância.
Ele me trazia presentes (ele os traz até hoje). Ele me enchia de atenção, e de histórias incríveis. Ele me levava ao Playcenter e me dava os discos da Rita Lee.
Ele criava personagens assustadores dos quais ele mesmo ria.
Ele é ponta firme e sei que ele me ama.
E, incrivelmente, hoje, ele faz aos meus filhos tudo o que fazia comigo. Ele sabe que, assim, continua me mimando.

Meu irmão Celso foi um enigma na minha vida por muito tempo. Ele era inteligente demais...
Eu o achava tão lindo quando eu era criança, que chegava a temê-lo.
Ele casou cedo e foi embora, viver a vida dele, mas voltava sempre...mas eu sempre o achei indecifrável.
Já há muitos anos meu irmão Celso voltou a habitar fortemente a minha vida. Sua presença constante foi um dos maiores presente que recebi.
Meu irmão Celso é doce, é sincero e sua presença é constante.
Ele é só carinho. Ele é só ternura. Nossos jantares são tudo de bom, nossos jantares são só risos e amor.

Meu irmão Vianey foi sempre o meu irmão Vianey. Aquele me nunca ficou bravo comigo. Aquele que cuidava de mim, e me dava banho, e me trocava sem nunca, mas nunca mesmo, perder a paciência.
Meu irmão Vianey, que tomava uma colherada de Óleo de Fígado de Bacalhau só para me estimular a tomar também.
Meu irmão Vianey, que morando no Rio de Janeiro, ao voltar para Pirassununga, enchia a minha cama de bonequinhas de borracha, de livrinhos e de pequenas lembranças. E eu, ao acordar, ia me deitar com ele na cama dele...nesses momentos eu era pura alegria, porque meu irmão Vianey estava ali. E ele, mesmo cansado da viagem, sorria ao me ver ali, e juntos, nossos cabelos cacheados enchiam o travesseiro.
Meu irmão Vianey, que me apresentou Lou Reed.

Meu irmão Carlos foi, em muito, responsável pela minha intelectualização. Meu irmão Carlos, que mesmo sem nunca admitir, morria de ciúmes de mim.
Meu irmão Carlos que foi o primeiro homem a dizer, quando eu ainda era bem pequena, que eu seria uma mulher linda quando crescesse.
Meu irmão Carlos, que me apresentou livros, filmes e discos.
Meu irmão Carlos, cujas namoradas eu nunca aprovei, por puro ciúmes.
Meu irmão e eu somos tão diferentes e somos tão próximos.
Nos falamos sempre e somos tão próximos. Fico feliz em sermos próximos assim, apesar de tão diferentes.
Ele batizou meu filho mais velho e ele realmente gosta de meus meninos.
E comigo eu sei que ele é, quem ele é realmente.
Meu irmão Carlos, o cara da Unicamp, o gatíssimo cabeludo de Pirassununga.
Eu e ele sabemos.

Meu irmão Fernando foi o cara barulhento, paquerador e engraçado. Sempre rodeado de amigos, craque no futebol de salão, briguento e aguerrido.
Baladeiro, eu voltava para casa com mil recados das meninas de Pirassununga para ele. Todas pagavam pau para ele.
Meu irmão Fernando hoje é um cara muito sereno, quieto e um pouco na dele demais.
Não o vejo com a frequencia que gostaria.
Sinto saudades dele.
Ele sabe onde eu estou e eu sei onde ele está e quando nos falamos, eu guardo em meu coração o tom da sua voz.
Tenho certeza que no futuro eu vou vê-lo mais e vou conviver mais com ele.
Meu irmão Fernando está no seu caminho e eu sei que meu caminha vai cruzar com o dele em breve. Eu sei, preciso dessa certeza.

E finalmente vem o Dudu. Meu irmão Eduardo é minha irmã gêmea.
Dele nada preciso falar, a ele nada preciso dizer.
Nos entendemos pelo olhar. Ele é a pessoa que mais me faz rir nessa vida.
A nossa relação é pura intimidade, é pura devoção.
Meu irmão Dudu é perfeito como irmão, é maravilhoso como pessoa, é divino como amigo.
Ele é só coração.
É meu parceiro no futebol de botão, é meu comparsa no Vertiplano.
Entre nós dois não há problema.
Nossa convivência vem de outras vidas.
Para ele, eu sou o "Jack", ele é o "Ben".

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah Fá....você errou de profissão, você tinha que estar escrevendo livros, músicas, poemas, artigos no jornal...
Saudades de você!
Beijos
Isabella